5 de septiembre de 2014

Contexto, classificação e acesso: o céu de brigadeiro dos arquivos fotográficos

Céu da Chapada dos Veadeiros (GO) - 2014 (cc) Tânia Moura
A origem da expressão céu de brigadeiro se assenta em uma antiga prática existente entre os membros da Força Aérea. O brigadeiro, na hierarquia militar, ocupa o mais importante posto de comando da Aeronáutica. E, em razão de sua importância, só faz voos quando o céu apresenta condições favoráveis. A popularização da expressão aconteceu por meio dos locutores de rádio das décadas de 1940 e 1950 que tomaram conhecimento de tal prática militar e acharam interessante dizer que o dia tinha um “céu de brigadeiro”. Inicialmente, a curiosa gíria ganhou fama no Rio de Janeiro que, na época, ostentava o posto de capital do país e concentrava grande parte dos voos aéreos realizados.

Nos ambientes das organizações, os documentos de arquivo dependem da classificação para que sejam devidamente arquivalos e localizados. E devem ser classificados de modo a refletir as funções para as quais são criados, pois serão agrupados em relação ao seu uso (SCHELLENBERG, 2004). Os princípios de classificação utilizados para criar os sistemas de classificação dos documentos de arquivo servem para facilitar o acesso. No caso dos arquivos fotográficos, que possuem algo mais que a reprodução da realidade, a representação nesses sistemas é um grande desafio, porque o contexto não está explicito na imagem. É preciso ter conhecimento da situação representada, da função e atividade que motivou a produção do documento fotográfico. 

A classificação está fundamentada em características de diversidade, categoria e agrupamento. Diversidade significando as qualidades, aspectos ou tipos diferentes de objetos. A categoria como divisão de um sistema de classificação. E o agrupamento como reunião de coisas ou objetos sob a mesma classe. Assim, o sucesso de esquemas classificatórios para documentos fotográficos de arquivo depende da existência de um contexto claro como o céu de brigadeiro, o que torna mais fácil o trabalho tanto de arquivistas, quanto de bibliotecários e possibilitaria o acesso à informação. 

Referências:

SCHELLENBERG, T. R. Arquivos modernos: princípios e técnicas. 3ª ed. Rio de Janeiro. FGV, 2004.

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